03 abril 2007

Momentos decisivos



Vivemos em tempos acelerados em que nos deixamos consumir por vidas em que a quantidade subsituiu a qualidade, cheias de trabalho e stresse, em que perdemos a alegria e o desejo, e só despertamos para o que é essencial quando a dor nos alerta para a verdadeira finalidade da nossa existência na Terra...

Certos dias, porém, a intuição nos diz que atravessamos momentos dos mais decisivos da nossa peregrinação neste mundo, mas por serem decisivos também se revelam dos momentos mais difíceis da nossa caminhada eterna... momentos de desafio que, superados, nos permitem alcançar um pouco da felicidade tão almejada...

São dias de tristeza e de frustação...
Dias de ausência de almas queridas, de cansaço e medo de falhar e não superar perdas...
Dias em que precisamos tanto que nos dêem a mão e não nos deixem desanimar...

Há entre duas almas que se amam uma certa irradiação que alcança distâncias inimagináveis, e se uma está menos bem, logo a outra sente e se deixa afectar também... mas se uma delas souber se esforçar para manter a fé e a serenidade, o equilibrio e o optimismo, auxiliará também a outra e a puxará para cima!

Felicidade, afinal, só depende de nós mesmos: fracassamos porque não acreditamos que tudo está, afinal de contas, em nossas mãos, sempre... e as dificuldades, os obstáculos, apenas são desafios a nos pedirem a escolha: vais ou não decidir ser feliz?

Nós somos anjos, seres espirituais eternos e criados pela força do amor eterno.

Fomos criados para sermos felizes. Mas não podemos deixar de merecer, não podemos desistir... e tratando-se da construção da felicidade que se deseja a dois, essa tem de ter empenhamento mútuo constante, tem de ser um esforço de ambos, e que aquele que tropeça seja ajudado a se reerguer pelo outro. E mesmo que por segundos possamos sofrer e chorar, e mesmo que fraquejemos um dia, uma semana, um mês, é essencial que voltemos a dar sempre o nosso melhor e o amanhã será alegre e cheio de alívio por não nos termos conformado, mas termos aceite e aprendido a lição que a vida nos quis transmitir... seremos mais sábios, maduros e gratos por termos persistido e não desistido!

Amo-te para lá do infinito e da eternidade, e tu sabes...
Só me resta aprender a te fazer feliz apesar da distância...
Ajudas-me a conseguir?

8 Comments:

Blogger Phiwuipa said...

É a nossa principal missão :) Ser e/ou procurar a felicidade!

*Beijinhos*

03 abril, 2007 19:24  
Anonymous Anónimo said...

Não há distância entre dois corações que se amam! Não te aflijas, todo afastamento é apenas momentâneo. Exupéry já dizia que "somente com o coração podemos ver com clareza"...

Votos de paz!

Ana.

05 abril, 2007 04:53  
Blogger Phiwuipa said...

Agradeço e retribuo os votos de uma Boa Páscoa :)!

Grande frase a tua no post dos "35 sorrisos" :)!

*Beijinhos*

05 abril, 2007 19:16  
Blogger Orfeu said...

Obrigado, Ana, bem sei, mas é bom ser relembrado dessa verdade, porque momentos há que o desalento quase nos derruba...

Phiwuipa, eu adoro sorrisos, alguns me perderam em desilusão e tristeza, outros me salvaram a fé nos meus sonhos, mas um muito especial está no meu coração para sempre...

Beijos e boas Páscoas a ambas :)

05 abril, 2007 19:47  
Anonymous Anónimo said...

Os momentos de infelicidade, a ausência servem para darmos mais valor ao que realmente importa na nossa vida..
E acredito que também já sofreste antes, por isso amas desta maneira tão bonita que nos demonstras!!
Espero que sejas muito feliz!!
Mas sinceramente, acho que já encontraste a felicidade!! :)
Uma declaração de amor comovente... e o melhor é que eu estou de fora, mas sinto que é tudo tão verdadeiro, tão bonito!!
Beijinhos

05 abril, 2007 23:21  
Blogger Sininho said...

Tenho por ti uma paixão
Tão forte tão acrisolada,
Que até adoro a saudade
Quando por ti é causada

Florbela Espanca

Foi escrito por ela... mas poderia ter sido escrito por mim.

Beijo com amor

06 abril, 2007 12:39  
Blogger Orfeu said...

Meu anjo, quem me dera ter te sempre nos meus braços para te amar e te fazer feliz a vida inteira... quem me dera que fosse (quase) tudo tão diferente...

07 abril, 2007 15:55  
Blogger Orfeu said...

E é mesmo verdadeiro, H.

E não fosse a distãncia e outras crcunstâncias em que não tenho mão...

Sinto-me infeliz com o que não tenho e feliz com o que já tenho... roubado e privilegiado... conformado e sereno... renunciando e com fé...

Sinto-me... guiado pela vida, e dou -lhe a mão...

Beijinhos

07 abril, 2007 16:04  

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