19 março 2007

Prata Serena


Revestido de ouro se vangloria o Astro Rei,
E a Humanidade, por contágio da mesma folia,
Com falsas aparências ensurdece a luz do dia,
No bulício sem rumo de um desespero sem lei.

Que orgulho vão é a geral humana encenação
Revela-o as cintilações das estrelas distantes...
Hoje muitas são sóis extintos ou agonizantes,
Destino do nosso Astro Rei, cinzas sobr´azulão!

Prefiro o bálsamo de serena prata da irmã Lua!
Amiga generosa e leal, apazigua a noite, sorrindo,
Enquanto embala quem a despreza, dormindo!
Eu gosto de vigiar, na nocturna calmaria da rua,

Sentado no terraço, perscrutando da eternidade
Os divinos mistérios, d´Alma saudando, agradecido,
A diamantada melodia de luz a relembrar o esquecido
E a me refrescar a compreensão sedenta da verdade!

E se vagueia a Platina Aliada na imensidade celeste,
Não será com certeza por abandono, fútil e desleal,
Mas a pedido, pesquisando na imensidade do Astral,
Ora redonda, alegre a Ocidente, ora esguia, séria a Leste,

Fraterna Guia por entre brumas, neblina e nevoeiro,
Magnetismo lunar, Fada de serena prata te resgatando,
Para o eterno Éden perdido teu regresso apressando...
Voa, pois! Segue e agarra o luar! É teu sábio timoneiro!

(DV)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu gosto de me sentar na noite a ver o brilho da lua... dá-me uma sensação de calma quando tudo parece tão complicado...
Mais um excelente poema!
Boa semana!
**BJS**

19 março, 2007 19:52  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado pelas palavras... já sabes a força que me dão!!
Beijinhos!!
H.

19 março, 2007 21:49  
Blogger Phiwuipa said...

Aos poucos vais fazendo com que leia e Goste de poemas :)!

*Beijinhos*

20 março, 2007 14:29  

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