Orfeu e os mistérios de Dioniso 4
A vinda de Orfeu e a Grécia clássica
Foi então que apareceu na Trácia um jovem de estirpe real e da mais sublime beleza e sedução. Dizia-se que era filho de uma sacerdotisa de Apolo. A sua melodia da sua voz tinha um estranho encanto. Cantava os deuses de um modo novo e inspirado. Seus cabelos louros, orgulho da raça dórica, corria em ondas douradas sobre os seus ombros. Sua boca, quando cantava, tinha contornos suaves e melancólicos. Seu olhar, de um azul profundo, brilhava com uma força meiga e mágica, perante a qual os Trácios, homens guerreiros, não se deixavam amansar, mas que as mulheres diziam, entre si, misturar a força solar e a carícia lunar. As Bacantes o procuravam e desejam pela sua beleza e sorriam sem compreender o seu cântico. Um dia este jovem, que chamavam o filho de Apolo, desapareceu: dizia-se que tinha morrido, descendo aos infernos. Na verdade, foi secretamente para o Egipto, onde pediu refúgio aos sacerdotes do Templo de Mênfis: estes ensinaram-lhe a sua doutrina e os seus mistérios, confiando-lhe, ao fim de vinte anos de aprendizagem, a missão de voltar à Grécia e, salvando-a das divisões religiosas, pacifica-la com uma nova doutrina; deram-lhe por nome de iniciado, o de Orfeu: “aquele que cura pela luz”.
O mais velho Templo de Zeus, no monte Kaoukäôn, que antigamente reinava sobre a organização social e religiosa de toda a Trácia, agora estava quase desertificado pela supremacia da doutrina lunar. O pequeno numero de sacerdotes que ainda ali permanecia recebeu Orfeu como um salvador: pela sua ciência adquirida no Templo de Mênfis e pelo seu entusiasmo, o maior poeta de todos os tempos ganhou à nova revelação teológica a maior parte dos Trácios, transformando totalmente a figura de Baco na do celeste Dionisios, símbolo do espírito divino que evoluí através todos os reinos da natureza e domando as Bacantes. A sua influência, através dos mistérios órficos, em pouco tempo invadiu todos os templos da Grécia, impôs o reino de Zeus na Trácia e o de Apolo na cidade de Delfos, devendo-lhe a Grécia dórica a sua unidade social e politica, as suas leis e a sua alma, revelada nas artes e nas ciências, que tanto influenciaram Roma e da qual ainda hoje toda a nossa civilização ocidente é herdeira.
Orfeu fundiu, na revelação da doutrina teológica do Dioniso celeste, o culto solar de Zeus e de Apolo com o culto lunar de Baco, num equilíbrio universal e pleno entre o princípio masculino e o princípio feminino: revelou aos iniciados, nos Templos, a luz pura desta verdade sublime, e ao povo, numa luz mais velada sob a alegoria poética e novos ritos e festas, a mesma verdade benfazeja.
A luz de Orfeu brilha na eternidade, pelo seu génio criador e pela sua alma que canta o amor mais puro e profundo entre as eternas essências feminina e masculina que pulsam na natureza, na humanidade e na pátria espiritual. Através dos tempos foi admirado pelos iniciados, pelos poetas e pelos filósofos. É a sua alma que permanece na admiração dos historiadores pela Grécia clássica.
O mais velho Templo de Zeus, no monte Kaoukäôn, que antigamente reinava sobre a organização social e religiosa de toda a Trácia, agora estava quase desertificado pela supremacia da doutrina lunar. O pequeno numero de sacerdotes que ainda ali permanecia recebeu Orfeu como um salvador: pela sua ciência adquirida no Templo de Mênfis e pelo seu entusiasmo, o maior poeta de todos os tempos ganhou à nova revelação teológica a maior parte dos Trácios, transformando totalmente a figura de Baco na do celeste Dionisios, símbolo do espírito divino que evoluí através todos os reinos da natureza e domando as Bacantes. A sua influência, através dos mistérios órficos, em pouco tempo invadiu todos os templos da Grécia, impôs o reino de Zeus na Trácia e o de Apolo na cidade de Delfos, devendo-lhe a Grécia dórica a sua unidade social e politica, as suas leis e a sua alma, revelada nas artes e nas ciências, que tanto influenciaram Roma e da qual ainda hoje toda a nossa civilização ocidente é herdeira.
Orfeu fundiu, na revelação da doutrina teológica do Dioniso celeste, o culto solar de Zeus e de Apolo com o culto lunar de Baco, num equilíbrio universal e pleno entre o princípio masculino e o princípio feminino: revelou aos iniciados, nos Templos, a luz pura desta verdade sublime, e ao povo, numa luz mais velada sob a alegoria poética e novos ritos e festas, a mesma verdade benfazeja.
A luz de Orfeu brilha na eternidade, pelo seu génio criador e pela sua alma que canta o amor mais puro e profundo entre as eternas essências feminina e masculina que pulsam na natureza, na humanidade e na pátria espiritual. Através dos tempos foi admirado pelos iniciados, pelos poetas e pelos filósofos. É a sua alma que permanece na admiração dos historiadores pela Grécia clássica.
3 Comments:
grécia antiga... tem muito pra contar!
Bem, acho que posso dizer que orfeu é o maior!!
(o da Grécia e o dos blogs)
:)
ainda não acabei, vou tentar este fim-de-semana traduzir o resto das "revelações" de Edouard Schuré: a doutrina que Orfeu aprendeu no Egipto e a história de Orfeu e... de Eurydice! claro :)
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