11 maio 2007

Quantos caminhos


Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
Que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera .
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
Juntos desde a roupa às raízes,
Juntos de outono, de água, de quadris,
Até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
A desembocadura da água de Boroa,
Pensar que separados por trens e nações
Tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
Com todos confundidos, com homens e mulheres,
Com a terra que implanta e educa cravos.

(Pablo Neruda)

3 Comments:

Blogger Julieta said...

Adoro Pablo Neruda... simplesmente lindo!

Beijinhos carinhosos

11 maio, 2007 18:21  
Anonymous Anónimo said...

O teu blog já é excelente, agora com Pablo Neruda, só podia ficar ainda melhor!! Adoro!!
Beijinhos

31 maio, 2007 19:19  
Blogger Mabi said...

Ciao, amore mio :)

Tão estranho ler este poema hoje e lembrar que já o li anteriormente, mas sem reviver cada linha como se minha própria história estivesse ali cantada...

Que solidão errante até tua companhia... é o que me afeta e o que te posso dizer, sentindo meu coração agradecer ao Pai pela alegria do reencontro dentro em pouco :)

Tu illumini la mia vita...
Dolcemente ti amo :)

28 agosto, 2007 01:55  

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