Invisível
INVISÍVEL
Permaneceu em tudo que me rodeia,
Depois e agora, antigo silêncio,
Um nada tão pleno, infinita teia
Entrelaçada de solidão e ócio…
-
Que importa se é causa da ausência
O Destino ou minha mera vontade?
Inútil é renunciar, pedir clemência!
Eis a hora de merecer liberdade,
-
De vencer a negra sombra, dor amarga
Onde submersos perecem sonhos e fé,
E voar, liberto dessa sobrecarga,
Imune à sensual sedução da maré…
-
É sina ou bênção a melancolia,
Os meus anseios pela ignorada paz,
Pelo resgate de minh´Alma, um dia?
Adormecida teima, e na cinza jaz…
-
O que não foi nos séculos esquecido?
Uma antiga promessa, uma certeza
Que empalidece na noite deste mundo,
Mas resiste num abismo de tristeza…
-
Aprender a domar estéril revolta,
Calar o coração que teima em fugir,
Afastar a duvida que me assalta,
Crer que tudo é um convite a progredir,
-
Não mais esquecer, mergulhar no passado,
Nas velhas raízes da minha herança,
Buscar a âncora num mar fustigado
Pela tempestade, em nau que não descansa…
-
Não temer relâmpagos, nem céu sombrio,
Ouvir segredar a voz da intuição,
E por fim aceitar, nas margens do rio,
Solitário baptismo de renovação…
-
Então – livre! - transpor a estreita porta,
E colher no eterno sol do teu olhar
A plenitude serena, infinita,
Dos sábios caminhos divinos trilhar,
-
Tendo companhia dos anjos – a tua!
Que me esperas invisível, paciente,
E, numa noite prateada de lua,
Me segredaste à alma descrente:
-
"Esta noite, cantarei hino sagrado,
Do amor que nos une desde o início...»
Mas aqui, agora, num mar fustigando
Minha nau à beira do precipício,
-
Não temer relâmpagos, nem céu sombrio,
Ancorar firme na voz da intuição,
E sem perder tempo num qualquer desvio,
Navegar célere na breve solidão!
-
(DV - 25/01/2007)
Permaneceu em tudo que me rodeia,
Depois e agora, antigo silêncio,
Um nada tão pleno, infinita teia
Entrelaçada de solidão e ócio…
-
Que importa se é causa da ausência
O Destino ou minha mera vontade?
Inútil é renunciar, pedir clemência!
Eis a hora de merecer liberdade,
-
De vencer a negra sombra, dor amarga
Onde submersos perecem sonhos e fé,
E voar, liberto dessa sobrecarga,
Imune à sensual sedução da maré…
-
É sina ou bênção a melancolia,
Os meus anseios pela ignorada paz,
Pelo resgate de minh´Alma, um dia?
Adormecida teima, e na cinza jaz…
-
O que não foi nos séculos esquecido?
Uma antiga promessa, uma certeza
Que empalidece na noite deste mundo,
Mas resiste num abismo de tristeza…
-
Aprender a domar estéril revolta,
Calar o coração que teima em fugir,
Afastar a duvida que me assalta,
Crer que tudo é um convite a progredir,
-
Não mais esquecer, mergulhar no passado,
Nas velhas raízes da minha herança,
Buscar a âncora num mar fustigado
Pela tempestade, em nau que não descansa…
-
Não temer relâmpagos, nem céu sombrio,
Ouvir segredar a voz da intuição,
E por fim aceitar, nas margens do rio,
Solitário baptismo de renovação…
-
Então – livre! - transpor a estreita porta,
E colher no eterno sol do teu olhar
A plenitude serena, infinita,
Dos sábios caminhos divinos trilhar,
-
Tendo companhia dos anjos – a tua!
Que me esperas invisível, paciente,
E, numa noite prateada de lua,
Me segredaste à alma descrente:
-
"Esta noite, cantarei hino sagrado,
Do amor que nos une desde o início...»
Mas aqui, agora, num mar fustigando
Minha nau à beira do precipício,
-
Não temer relâmpagos, nem céu sombrio,
Ancorar firme na voz da intuição,
E sem perder tempo num qualquer desvio,
Navegar célere na breve solidão!
-
(DV - 25/01/2007)
Avril Lavigne - I'm With You
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